Ainda que confrontados com as grandes dificuldades impostas pelo atual contexto de pandemia por COVID 19, a equipa do projeto DNA 3 conseguiu dar cumprimento ás atividades inicialmente previstas em cronograma e em sede de candidatura. O projeto sofreu adaptações e num formato quase exclusivamente on-line, com recurso ás plataformas digitais, concluiu-se a Componente 1- Desenvolvimento e a Componente 5 – Capacitação do Promotor.

A Fase de Desenvolvimento – Componente 1 integrou:

  • Benchmarking e recolha de boas práticas;
  • Discussão e validação da informação recolhida e produzida com os dirigentes das entidades parceiras (CONFECOOP; CERCIMARANTE E CERCICAPER);
  • Realização de dois grupos focais (norte e centro);
  • Desenvolvimento, aplicação e tratamento de dados ao questionário de autodiagnóstico; organizacional a todas as associadas da FENACERCI (52);
  • Realização de Entrevistas;
  • Realização de dois workshops de validação do Referencial de Sustentabilidade (principal ferramenta do projeto).

Principais Outputs da fase de Desenvolvimento:

Referencial para a Sustentabilidade do Setor Social Cooperativo
O referencial de sustentabilidade de organizações sociais desenvolvido está especialmente dirigido a organizações de solidariedade social e integra um conjunto de ferramentas, adaptadas à realidade do setor cooperativo social que visam promover boas práticas de governação, gestão e inovação e promoção da sustentabilidade organizacional.
O modelo baseia-se na teoria apresentada pelo Professor Américo S. Carvalho Mendes, docente na Universidade Católica, cf. “Organizações de Economia Social: o que as distingue e como podem ser sustentáveis”, a partir da qual, se extraíram seis fatores de sustentabilidade, que são operacionalizados numa matriz de sustentabilidade, a saber:

Fatores de Sustentabilidade:

  • A Fidelidade à missão
  • As qualidades pessoais de dirigentes e colaboradores
  • A Participação e a Transparência
  • A Complementaridade na ação
  • A Qualidade da gestão
  • A Inovação

O Referencial de Sustentabilidade apenas será divulgado/disponibilizado na fase de Disseminação.

Relatório de Boas Práticas
O Relatório de Boas Práticas constitui-se como uma ferramenta adicional para apoiar as CERCI´s no percurso de capacitação com vista á otimização dos níveis de sustentabilidade organizacional. Reúne uma série de linhas orientadoras, recomendações e boas práticas relevantes para o contexto destas organizações, podendo inspirá-las a implementar novas práticas e formas de trabalhar, procurando dessa forma, promover a eficácia e a qualidade das intervenções e contribuindo simultaneamente para a promoção do desempenho organizacional global.
(Produto a disponibilizar na fase de Disseminação)

Ferramentas de Apoio
Integra um conjunto de ferramentas que, se adotadas, podem sugerir às organizações novas formas de trabalhar e de responder aos desafios enfrentados, apoiando-as na definição de medidas específicas de melhoria de processos e práticas internas.
(Produto a disponibilizar na fase de Disseminação)

A Fase de Capacitação do Promotor – Componente 5 integrou:
Esta fase teve como objetivo a capacitação da FENACERCI para a melhoria do seu desempenho global através da elaboração de um diagnóstico organizacional e plano de ação ajustado ás necessidades identificadas.

Metodologia

A metodologia de Diagnóstico e Plano de Acão assentou em 2 princípios fundamentais:
– Participação de todos os membros da FENACERCI, em conjunto com a equipa prestadora do serviço de consultoria para Diagnóstico e Plano.
– Sustentação da intervenção em dados e informações fornecidas pela organização.
Numa primeira fase pretendeu-se analisar e caracterizar a organização, historial, áreas de atuação e atividades desenvolvidas. Posteriormente, realizou-se uma análise exaustiva da organização, tendo em conta os seguintes domínios de capacitação: modelo de criação de valor; avaliação de impacto; nível de crescimento; estratégia; parcerias; marketing, comunicação e angariação de fundos; estrutura, governação e liderança; recursos humanos; gestão financeira e controlo de risco; gestão de operações e tecnologias da informação.
De forma a sustentar esta análise foram ainda realizadas as seguintes atividades:
– Auscultação de colaboradores: realização de entrevistas individuais;
– Dirigentes/Conselho de Administração: Entrevistas individuais, aplicação de inquérito pro questionário e realização de grupos focais;
– Análise documental: recolha e análise de documentação da organização (relatórios de atividades, relatórios de gestão, informação financeira, entre outros).
– Análise SWOT da FENACERCI: identificação dos pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades.
– Situação atual/situação desejada: construção de um quadro que detalha os pontos fracos e os objetivos e evidencia a passagem de uma situação atual para uma situação desejada.

Posteriormente, com base no levantamento realizado, foram definidas as intervenções de capacitação a incluir no Plano de Acão.

No Plano de Ação encontram-se estabelecidas as intervenções de capacitação, que se propõe terem o formato de formação, consultoria e mentoria, que permitem passar da situação atual à situação desejada, intervenções que a Federação conta implementar já a partir de 2021.